Nesse dia tão especial vos convido a meditar sobre o ícone da natividade que além de ser muito belo expressa de forma magnífica a importância do Natal e o nascimento de Cristo juntamente com todo o contexto e prelúdio da história da salvação. (pintura de Kiko Argüello)
O ícone da natividade é dos mais ricos. O menino Jesus está no centro do ícone, numa gruta escura. Essa gruta escura representa o mal. O menino está envolto em faixas, lembrando as faixas mortuárias de onde sairá ressuscitado. De uma estrela no alto sai um raio de luz (pois Deus é um só) e que mais abaixo em frente à montanha se divide em três (o Deus único ao mesmo tempo é três – a santíssima Trindade) e desce sobre Jesus e sua Mãe. Anjos adoram o menino no alto à esquerda. Os reis magos se aproximam com presentes de ouro, incenso e mirra (acima dissemos que na Igreja Bizantina os reis magos também se comemoram a 25 de dezembro).
No canto inferior esquerdo um pastor fala com um homem que parece pensativo, preocupado. É na verdade o demônio disfarçado de pastor insinuando a São José dúvidas sobre a virgindade de Maria. São José está num momento de aflição. Perto dali à esquerda vemos o banho do pequeno Jesus, mostrando que o mesmo tem uma natureza humana e ao mesmo tempo aludindo ao seu posterior batismo – vemos que a bacia tem forma de pia batismal. O batismo mesmo de Jesus é comemorado a 6 de janeiro.
Um anjo anuncia o nascimento aos pastores, no canto superior direito. A Mãe de Deus não está voltada para o Menino. São raros os ícones em que isso ocorre. Na maioria, como no ícone que vemos aqui, está mais voltada para nós, meditando sobre o mistério da salvação, e sobre o fato que pela aceitação ela se tornou Mãe de todos nós. Há três estrelas no seu manto (muito pequenas para serem vistas nesse ícone) e que simbolizam sua virgindade.
CRISTO NASCEU! GLORIFICAI-O!
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